A psicanálise coloca em cena um paradoxo: Não há relação entre os sexos, por um lado; por outro, há uma relação possível ao corpo, ao falo, ao sintoma, ao gozo. Esse designador da existência revela, entretanto, ao mesmo tempo, um impasse lógico, aquele da solidão. É a tese lacaniana congruente com a primeira: a relação ao gozo isola, o gozo que há sublinha a não relação ao parceiro. A solidão está em jogo. Saber como cada um supre essa ausência, com o amor, com a fantasia ou com o sintoma, é o que a autora aborda a partir do caso clínico de uma jovem.