Neste trabalho pretendo investigar a posição em que a histérica se coloca frente a sua busca por saber. Na tentativa de localizar o saber no Outro, a histérica esquiva-se do seu próprio saber sobre seu gozo, como tentaremos averiguar a
Este texto é um extrato da abertura dos trabalhos do NIPS do IPSMMG no ano de 2016. Ocupa-se em pensar algumas particularidades da adolescência a partir de Freud e com a leitura contemporânea de Miller. Focalizando principalmente a invasão do corpo por um gozo que não se acomoda mais às soluções da infância, problematiza os impasses que a vida contemporânea acrescenta ao desligamento do Outro daí decorrente, interrogando como pode nesse contexto, uma instituição que acolhe adolescentes, operar.
O real da puberdade testemunha a irrupção de um gozo diante do qual as palavras falham. O encontro com esse real pode produzir consequências perturbadoras para a relação do sujeito com seu corpo, com a imagem e com a língua, que, até então, lhe serviam de sustentação. Essa passagem da infância à adolescência desaloja o sujeito de sua língua e de seu corpo infantil conduzindo-o tanto ao despertar quanto ao exílio. Será necessário, então, que ele encontre novos arranjos pulsionais e novos modos de inscrição no mundo e no Outro.