Durante o primeiro semestre de 2013, realizamos, no Freud Cidadão, nosso IV Ateliê de Pesquisa Psicanalítica. As atividades desse Ateliê estavam concentradas em investigar as peculiaridades da clínica com sujeitos psicóticos que fazem uso de alguma substância tóxica. Partimos da ideia de que o uso de uma substância tem, para cada sujeito, uma função específica, podendo se situar ao lado do remédio e/ou da ruína. Interessava-nos investigar como uma instituição, orientada pela psicanálise e pelas invenções ancoradas na singularidade, poderia operar e oferecer seus dispositivos no tratamento de um mal-estar insuportável que lança os sujeitos aos usos excessivos.