Encolerizado Ficar vermelho, branco ou preto de raiva; cólera quente ou fria. Adjetivos não faltam para dar conta dos signos dessa emoção particular que é a cólera. Eles tentam descrever uma fenomenologia do que afeta o corpo tomado por
Partindo da leitura de Freud e Lacan e dos impasses na experiência clínica, debatemos as possibilidades de tratamento da criança. Destacando a colocação de Lacan sobre a criança responder ao que há de sintomático no par parental, percebemos a importância de escutar os pais para que a análise da criança seja possível. Apostamos na transferência como possibilidade de construir laços, com a criança e com os pais, para que o tratamento seja possível. Discutimos a possibilidade de interpretar, bem como os tratamentos interrompidos, as dificuldades, a resistência, a posição do analista e a construção de possíveis soluções.
Resumo: O texto é a transcrição do seminário de abertura do Núcleo de Investigação em Psicanálise e Medicina, no 1º semestre de 2016. Adolescência e puberdade são apresentadas como conceitos diferentes, provenientes de áreas diferentes do conhecimento. A adolescência é abordada como sintoma da puberdade e enfatiza-se a importante contribuição que a psicanálise traz para a prática dos profissionais da saúde. A adolescência é momento especial de encontro com o real, as respostas sintomáticas são frequentes em um mundo em que as referências simbólicas estão debilitadas. Alerta-se para a importância da inscrição e da não inscrição no campo do Outro.
O que pode a psicanálise diante da radicalização de uma juventude largada? Ir de encontro ao grande abandono, corolário do discurso do mestre de hoje, responde a autora do artigo. Ela afirma que o laço transferencial é a oferta que cabe ao analista e que isso é o que pode produzir um lugar onde o sujeito possa se enganchar.
Palavras-chave: JUVENTUDE, SINTOMA, CORPO, GOZO, LAÇO SOCIAL, RELIGIÃO
Partindo de Freud rumo ao último ensino de Lacan, procuro demonstrar, neste artigo, a trajetória do sintoma como aquilo que inicia o sujeito na análise – com o desejo de livrar-se dele – até o ponto máximo de uma análise em que o sujeito se encontra com o real de seu sinthoma, do qual não é possível se ver livre: pelo contrário, tem que se haver com ele.
O autor toma como referência o ultimíssimo ensino de Lacan e o comentário de “Joyce e o sintoma” publicados por Miller, ressaltando particularmente duas noções inéditas, as de portemanteau e de scabeau. Apresenta o caso de um jovem de quinze anos que é, como Joyce, um sintoma. Ao decidir sustentar uma posição radical de recusa, seu sintoma é ser, do início ao fim, recusa, inclusive de viver: Eu quero morrer, fórmula geral da pulsão de morte.
A autora aborda o tema da adolescência evocando inicialmente observações antropológicas pioneiras realizadas em sociedades tradicionais. A discussão prossegue com observações da experiência analítica de uma adolescente. Gozo, romance familiar, desejo sexual e arte são abordados pelo prisma da fantasia do sujeito – contemporâneo – do inconsciente.