Introdução A psicanálise acompanha o mundo, suas modificações e seus efeitos na subjetividade. Nas últimas décadas, passamos de uma civilização em que os ideais da cultura traziam alguma ordem para um novo mundo, em que o que prevalece é
O texto interroga como o toxicômano faz laço social, uma vez que na toxicomania a segregação e o gozo autístico se apresentam. Traz também norteadores para o tratamento do toxicômano em instituições.
Entrevista com o professor Fabián Naparstek, que é, atualmente, um dos coordenadores da Rede TyA e um dos trabalhadores mais decididos em todos esses anos de existência da Rede. Ele é autor de inúmeros artigos e publicações em relação a essa problemática. O propósito é indagar sobre alguns problemas específicos que estão presentes no trabalho de TyA, particularmente em suas elaborações.
Durante o primeiro semestre de 2013, realizamos, no Freud Cidadão, nosso IV Ateliê de Pesquisa Psicanalítica. As atividades desse Ateliê estavam concentradas em investigar as peculiaridades da clínica com sujeitos psicóticos que fazem uso de alguma substância tóxica. Partimos da ideia de que o uso de uma substância tem, para cada sujeito, uma função específica, podendo se situar ao lado do remédio e/ou da ruína. Interessava-nos investigar como uma instituição, orientada pela psicanálise e pelas invenções ancoradas na singularidade, poderia operar e oferecer seus dispositivos no tratamento de um mal-estar insuportável que lança os sujeitos aos usos excessivos.
O texto visa a discutir alguns aspectos do tema da toxicomania, principalmente a respeito do lugar ocupado pelo corpo nessa clínica. Sem chegar a propor uma tipologia clínica, levanta a hipótese de que o uso do corpo tal como é feito na psicose pode ajudar a pensar a atualidade das duas faces da fórmula freudiana a respeito da toxicomania: a intoxicação do corpo pela química da droga. Essa atualidade viria, principalmente, orientada pela composição lacaniana do paradigma joyciano para a psicose e para a segunda clínica.